CoronaVac e Oxford-AstraZeneca iniciam o Plano Nacional de Imunização
Duas vacinas contra a Covid-19 foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último domingo (17). Estudadas no Brasil pelo Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as vacinas da Sinovac Biotech e Oxford-AstraZeneca iniciam a campanha de vacinação após dez meses de pandemia no país.
Em meio à insegurança de parte da população, os laboratórios responsáveis pela produção da vacina e a Anvisa reafirmaram a eficácia e segurança dos imunizantes. Em pesquisa no país desde meados de 2020, as vacinas foram testadas em brasileiros voluntários durante a fase 3 dos estudos. Nenhum dos imunizantes gerou um efeito adverso grave que colocasse em dúvida sua eficácia.
A CoronaVac, vacina produzida pelo Butantan em parceria com a Sinovac Biotech, contou com a participação de 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus. Os resultados da fase 3 do estudo mostraram que o imunizante é 100% eficaz em casos graves e moderados, 78% em casos leves e 50,38% em muito leves. A vacina Oxford-AstraZeneca, produzida pela Fiocruz em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e Universidade de Oxford, contou com 11.636 voluntários no país. A eficácia geral da vacina é de 70,4% com duas doses. As duas vacinas se encaixam nas exigências da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que um imunizante precisa de mais de 50% de eficácia para ser liberado.
No momento, apenas a CoronaVac está sendo oferecida, já que a Oxford-AstraZeneca terá suas primeiras doses importadas da Índia e depende das negociações para ter uma data certa para chegar ao Brasil. Além disso, o governo está em um impasse com a China, que oferta a matéria-prima para produção das duas vacinas aprovadas no Brasil. Assim que os insumos chegarem ao país, a Fiocruz prevê a entrega de 110 milhões de doses no segundo semestre (e 100,4 milhões importados no primeiro semestre). O Butantan já entregou 10,8 milhões de doses, distribuídas aos estados pelo Governo Federal, e planeja produzir cerca de 1 milhão de doses por dia – e dobrar a produção a partir de maio.
É seguro tomar a vacina?
Sim, as vacinas são produzidas por centros de pesquisa renomados no Brasil. Todos os resultados foram analisados pela Anvisa, que emitiu uma aprovação para o uso emergencial da vacina.
Quando poderei me vacinar?
A vacinação começa com profissionais da saúde, idosos e indígenas. Cada estado e cidade é responsável por divulgar à população o andamento da ação e quando outros grupos serão vacinados. Para conferir o seu lugar na fila de vacinação no Plano Nacional de Imunização, acesse o site do jornal O Globo (clicando aqui).
Para saber mais sobre as vacinas, acesse o site do Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz.