Para driblar a crise, pesquisas apontam oportunidades de inclusão produtiva para serem implantadas
O mercado de trabalho e a economia passam por momentos instáveis devido à pandemia do novo coronavírus. O número de pessoas desempregadas no Brasil chegou a 46,8%, maior número registrado desde 1992, segundo a consultoria IDados.
Como oportunidade para seguir após a pandemia, a inclusão produtiva vem sendo discutida em pesquisas no país. A Fundação Arymax, B3 Social e Instituto Veredas divulgaram o estudo “O futuro da inclusão produtiva no Brasil: da emergência aos caminhos pós-pandemia” onde mostram apostas que podem ser feitas para superar os impactos negativos da pandemia. A inclusão produtiva, que é tópico principal da pesquisa, é a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mercado de trabalho.
Com a inclusão produtiva, a exclusão social diminui e, consequentemente, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza cai. Antes da pandemia, havia 51,7 milhões de pessoas vivendo em situação de vulnerabilidade, onde 13,6 milhões recebiam até R$ 151 por mês, configurando uma situação de extrema pobreza. As outras mais de 38 milhões de pessoas recebiam, aproximadamente, R$ 436 por mês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o novo estudo da Fundação Arymax, a pandemia está mudando algumas formas de se viver, como: mudanças no padrão de globalização, flexibilização das relações de trabalho, mudanças demográficas, no padrão de consumo, digitalização da economia e, claro, o agravamento da questão social. Ou seja, após a pandemia podemos enfrentar um mundo diferente, mais desigual e pobre. O estudo sugere três estratégias para lidar com a pandemia no país:
1) Assegurar que todas as pessoas e famílias tenham renda suficiente para se sustentar durante a fase de isolamento;
2) Manter os postos de trabalho formais e impedir sua destruição;
3) Garantir as condições para que as empresas sigam operando, mesmo sob diversas limitações.