O estudo, que ocorreu entre setembro e novembro de 2020, revelou as diferenças e impactos do isolamento social
Sabemos que é preciso refletir sobre algumas questões para que seja possível compreender a dimensão dos problemas educacionais em nosso país. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD – COVID – 19), realizada em 2020, revelaram que, no mês de setembro, 6,4 milhões de estudantes, o que corresponde a 13,9% do total, não tiveram acesso às atividades escolares no Brasil.
O mesmo levantamento mostrou ainda que estudantes negros e indígenas sem atividade escolar são o triplo de estudantes brancos: 4,3 milhões de crianças e adolescentes negros e indígenas da rede pública e 1,5 milhão de adolescentes brancos, respectivamente. Com base nisso, acentuadas pela pandemia, as desigualdades educacionais afetaram todos os grupos sociais, principalmente entre pessoas não-brancas no país.
Diante desta realidade, a Geledés – Instituto da Mulher Negra realizou a pesquisa “A educação de meninas negras em tempos de pandemia: o aprofundamento das desigualdades” no município de São Paulo, utilizando o recorte de raça/cor e gênero.
O estudo apresentou também os impactos do isolamento social e do afastamento da escola na vida de estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, além dos problemas relacionados ao acesso, permanência e a realização dos percursos educativos.