Aumento de casos assintomáticos preocupa autoridades de saúde; contágio por pessoa volta a crescer no Brasil
A pandemia do novo coronavírus chegou no Brasil em fevereiro e registrou seu primeiro caso na cidade de São Paulo. Desde então, todos os estados decretaram medidas de isolamento social para conter a propagação do vírus, que, inicialmente, surtiram efeito considerável. A partir de abril, as medidas foram relaxadas e os estabelecimentos e empresas voltaram a funcionar, apenas com cuidados como utilização de máscara de proteção e higienização com álcool em gel ao entrar em estabelecimentos comerciais.
Todo o esforço das autoridades de saúde e governos parece estar comprometido. Na última semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a pandemia está mudando e a responsabilidade é dos jovens, faixa etária que não integra o grupo de risco do coronavírus. Com o relaxamento de medidas de distanciamento social em todo o mundo, os jovens estão se arriscando para rever amigos, fazer festas e viajar. Takeshi Kasai, diretor regional para o Pacífico Ocidental da OMS, falou, em entrevista coletiva virtual, que o alto índice de jovens assintomáticos pode comprometer os mais vulneráveis, como os idosos.
O alerta serve para repensar, como sociedade e governo, a forma de lidar com a pandemia. Já foi provado cientificamente que a doença é grave e, até o momento, já matou mais de 116 mil pessoas somente no Brasil. Isso faz do país o segundo mais atingido pelo vírus, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que contabiliza quase 180 mil mortos desde março.
Na Itália, o governo precisou fechar novamente os locais de festas, como boates e clubes, ao perceber o crescimento da covid-19 entre os jovens. É importante lembrar que em alguns países da Ásia e Europa, onde a doença chegou antes, as normas de proteção já atingiram níveis em que a vida, praticamente, voltou ao normal. Por isso, muitas restrições que estão em vigor no Brasil, nesses países já não existem mais. Essas experiências servem como aprendizado para tratarmos o crescimento de casos positivos e mortes no Brasil, que infelizmente crescem com as medidas fracas e com o discurso negacionista sobre a doença.
Hoje (26), a Imperial College, referência em acompanhamento de epidemias, divulgou que a taxa de contaminação voltou a crescer no Brasil. De 0,98, a taxa aumentou para 1.0, ou seja, cada pessoa infectada transmite a doença para mais uma pessoa. O aumento serve de alerta a quem precisa sair de casa para trabalhar ou ir a compromissos necessários, como ir a consultas médicas, ao mercado, entre outros.
O Programa Formare recomenda que os nossos alunos continuem seguindo as recomendações de proteção da OMS. Queremos que os jovens sigam saudáveis para construirmos juntos um futuro melhor para todos.
Não se esqueça, ao sair de casa:
- Utilize máscara em vias públicas e estabelecimentos comerciais;
- Mantenha distância de 1,5m a 2m de outras pessoas;
- Lave bem as mãos, alimentos e embalagens;
- Não fure a quarentena. O controle da pandemia é responsabilidade de todos.